A Síndrome de Down é causada por
uma anomalia genética (trissomia do cromossomo 21), que leva a um atraso do
desenvolvimento, tanto motor como mental. De uma maneira mais generalizada,
pessoas com Síndrome de Down apresentam com maior freqüência problemas como
obstipação ou constipação intestinal (intestino preso), tendência à obesidade,
maior predisposição a gripes, resfriados e infecções, dentre outros.
Estes
problemas podem ser melhorados quando a pessoa recebe uma alimentação adequada.
Crianças
com Síndrome de Down podem apresentar (o que não significa uma regra geral)
malformação do coração, intestino e esôfago. Nesses casos, é necessário
orientação médica, porque pode haver dificuldade na alimentação.
A importância da boa alimentação
A alimentação possui uma grande
influência no desenvolvimento do indivíduo, principalmente na sua saúde, na
capacidade de trabalhar, estudar e divertir-se, e na aparência física.
Se uma pessoa está mal nutrida e
sua alimentação é pouco variada, provavelmente ela se sentirá fraca,
desanimada, sem vontade de trabalhar, andar ou mesmo passear.
As pessoas gordas não podem,
também, ser consideradas bem nutridas, pois o excesso de alimentos causa a
obesidade, que acarretará outros problemas, como cansaço fácil, desânimo,
dificuldade para andar, correr e realizar outras atividades.
Por isso, cuidar da alimentação é
uma tarefa extremamente importante, pois a nossa sobrevivência depende do
oxigênio que respiramos e são os alimentos que vão construir o nosso corpo,
regular as funções e fornecer calor e energia.
Saber alimentar a criança
significa fornecer alimentos que contenham os nutrientes (substâncias presentes
nos alimentos, importantes para a saúde e atividade do organismo) necessários e
indispensáveis ao seu desenvolvimento, em quantidades adequadas e suficientes,
a fim de manter o organismo equilibrado e saudável.
Aleitamento materno
O leite materno é o melhor e o
mais vantajoso alimento para todos os bebês com menos de 6 meses de idade.
A função digestiva de
recém-nascido vai se iniciar com as primeiras porções do leite que recebe. O
alimento ideal para esse início das atividades digestivas é o colostro, isto é,
o leite materno produzido no começo da lactação. O seu aspecto é de um líquido
espesso, de cor amarela, sendo substituído aos poucos pelo leite definitivo.
Muitas vezes, a mãe não considera
o colostro como um alimento importante, devido ao seu aspecto diferente do
leite. Porém, ele é de fácil digestão e absorção completa, e totalmente
adaptado ao estômago e intestino do bebê.
Tanto no estômago como no
intestino, o leite materno possui muitas vantagens digestivas sobre o leite de
vaca. No estômago, o leite humano é digerido mais rapidamente (por volta de uma
hora e meia) do que o leite de vaca.
A criança que é amamentada no
peito possui as fezes cremosas, cor de gema de ovo, com cheiro pouco
pronunciado. Já a criança que toma leite de vaca ou em pó, possui as fezes
endurecidas, mal cheirosas e esbranquiçadas.
Além disso, o leite materno é
melhor absorvido e aproveitado pelo intestino do que o leite de vaca; sendo
assim, ocorre uma perfeita absorção de cálcio, fósforo e vitaminas. Ele cobre
perfeitamente as necessidades do recém-nascido em vitaminas A , B1, B5,
B6, B9, B12, C e E, porém é pobre em ferro.
Outra vantagem extremamente
importante do leite materno é a proteção do recém-nascido contra infecções,
devido à presença de anticorpos e antitoxinas que protegem o bebê de infecções
como sarampo, coqueluche, tétano, otite, rinofaringite, etc. A riqueza do leite
materno em vitamina A
também dificultará a entrada de infecções, porque esta vitamina favorece a
integridade da pele e das mucosas das vias digestivas respiratórias e
urinárias.
Os pediatras concordam plenamente
em que as crianças amamentadas no peito estão menos sujeitas a enfermidades
infecciosas do que as alimentadas por mamadeira. A criança alimentada no peito
não somente possui resistência contra os distúrbios gastrintestinais, como
também contra as infecções agudas e crônicas e possui sete vezes menos
probabilidade de apresentar manifestações alérgicas.
Segundo vários autores, a
ocorrência de asma e sintomas catarrais alérgicos é muito menor entre irmãos
que foram alimentados no peito do que entre os que não o foram.
Todas as vantagens acima são
ainda aumentadas pela desnecessidade de preparo, aquecimento ou esterilização
de mamadeiras que, se mal realizados, favorecerão as contaminações.
Sabendo que a maioria das
crianças com Síndrome de Down apresenta problemas gastrintestinais e
predisposição a infecções das vias respiratórias, o aleitamento materno só
trará benefícios sobre estes problemas. Portanto, deve ocupar um papel
importante na alimentação do bebê Down, nos primeiros 6 meses de vida.
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